Os Terrenos Disciplinares da Alma e do Self‑government no Primeiro Mapa das Ciências da Educação (1879‑1911)

Jorge Ramos do Ó

Resumo


Este artigo pretende demonstrar que a sedimentação histórica de um discurso coerente quer sobre o estatuto científico da pedagogia quer sobre os fins do acto educativo moderno deve ser entendida no quadro geral da secularização da moral e da expansão do princípio político do self‑government. Defendo que uma formação discursiva de carácter pedagógico assumiu em finais do século XIX a centralidade do material ético, assimilando‑o ao axioma do poder iluminista‑humanista que nos refere que o comportamento cívico do cidadão deve decorrer dos compromissos e decisões da esfera privada da sua consciência. A psicopedagogia moderna estruturou‑se historicamente como mais um regime do eu.

Palavras-chave


Moral e disciplina escolar, Pedagogia moderna, Ciências da Educação, Governamentalidade/ auto‑governo.

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